segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Pode me chamar de MACALEIA, A PRIMEIRA-DAMA" (Jards Macalé)

O músico Jards Macalé se define como "parceiro e amigo profundo há mais de 15 anos" de Ana de Hollanda. Ele brinca que comentários sobre seu relacionamento quase causaram "uma briga entre Brasília [onde Ana está] e o Rio [onde ele vive]". "Nós temos uma vida particular, saudável -pelo menos até agora." Sobre a gestão dela no Ministério da Cultura, avisa: "Acabou a sopa!".

Folha - Você e a ministra compõem juntos?
Jards Macalé - Vou gravar um DVD agora. Eryk Rocha, filho do [cineasta] Glauber Rocha, é meu diretor. Vai ter Bethânia, Gal, Frejat, Luiz Melodia, talvez Angela Ro Ro. E a Ana vai cantar uma música nossa -letra dela, música minha: "Um Filme". Temos outras: "Canção para Aninha" e "Balada".

E a ida dela para o ministério?
Ela é capacitada, eficiente. Fez uma bela gestão do Centro Cultural SP [como diretora musical]. Me recebeu com ramalhete de rosas amarelas, que dava para os artistas.

E você se lembra até hoje?
É um fato gentil.

Vocês são casados?
[Com voz afetada] Depende muito, sabe? Digamos assim: o Hélio Oiticica dedicou a última obra dele, os Penetráveis, "ao meu músico Jards Macalé". Como ele chamava os masculinos pelo feminino -Caetanete, Gilete, Wallyca, Macaleia-, se você quiser me chamar de alguma coisa dentro da política nacional, você pode dizer "Macaleia, a primeira-dama".

Primeira-dama da cultura?
Primeira-dama, ponto.

Ana está indo bem?
A minha classe é bunda-mole. Taí esse commons, como é que é? Creative Commons. Porra! A nossa ministra segurou a onda lá. Onde já se viu uma organização não governamental encrustada no governo? Se é tão livre assim [a licença], você pode abrir uma creative no botequim e gerenciar dali. É que nem jogo do bicho! Nego tá brigando por causa do lugar, porque era dentro do ministério. Acabou a sopa! [Ana tirou o selo do Creative Commons do site do MinC.]

Como a família reagiu ao convite para o ministério?
O Carlinhos Brown [marido de Helena, sobrinha de Ana] adorou.

E o Chico?
Que Chico?

Buarque [irmão da ministra].
Não conheço.

É um incômodo sempre perguntarem do Chico?
Não sei. Não sou irmão.

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