quinta-feira, 19 de julho de 2012

Geopolítica colocou candidatos fortes e vices fracos na disputa de Vitória (Renata Oliveira )

Uma característica comum nas três candidaturas mais fortes à prefeitura de Vitória é a escolha por vices-prefeitos que não agregam tanto do ponto de vista da captação de votos. Para os meios políticos, as costuras das coligações, visando à construção de uma nova geopolítica em torno do governador Renato Casagrande e à disputa de poder com o ex-governador Paulo Hartung (PMDB), não vislumbraram a importância dos ocupantes dos cargos de vice.

No palanque de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), a escolha do ex-secretário de Educação Haroldo Correa Rocha é vista com uma certa antipatia. Primeiro porque causou um racha dentro do grupo, que tirou da coligação o PSD. O partido, aliás, havia indicado um vice bem mais interessante do ponto de vista eleitoral, o vereador Max Da Mata, que já teve a experiência de dobradinha com Luiz Paulo em 2010.

Outro ponto desfavorável a Haroldo é seu perfil técnico, nada popular, aliado ao fato de que sua presença no palanque tucano não agrada a uma importante fatia dos servidores públicos. Na educação, Haroldo não agradou à categoria.

Já no palanque de Iriny Lopes (PT), a presença do vereador Juarez Vieira (PSB) é importante na aproximação com o governador Casagrande, mas eleitoralmente, o vereador que ocupa a cadeira na Casa graça à suplência da vaga, não é uma garantia de atração de votos para a candidata do PT à prefeitura.

Luciano Rezende (PPS) tem como vice o radialista Waguinho Yto (PR), uma escolha que atende à aliança com o partido, costurada pelo senador Magno Malta e o governador Casagrande. Waguinho é popular, sobretudo, no público evangélico, mas isso também limita sua atuação a um segmento do eleitorado e cria um atrito com a imagem do candidato, ligado à Igreja Católica. Como também não foi testado nas urnas, resta a dúvida sobre sua condição de capitação de votos.

Para os meios políticos, a fragilidade dos vices vai obrigar os candidatos a redobrarem os esforços na aproximação com os eleitores e apaziguar reações às escolhas. Quem tiver mais capacidade de contornar os problemas sairá em vantagem na disputa.

Fonte: Século Diário

Nenhum comentário:

Postar um comentário