Como Reinaldo Moraes transformou embutidos de frango em alta literatura
RESUMO
O romance “Pornopopéia”, que narra, em tom picaresco, as desventuras de um roteirista entregue às drogas e à devassidão, impôs Reinaldo Moraes como nome central na literatura contemporânea. Crônica da vida no underground paulistano, sua obra chama a atenção da crítica pelo humor e pelo talento narrativo.
ALVARO COSTA E SILVA – FOLHA SP
O SUJEITO poderia ser vizinho do leitor; talvez o conheça de chapéu.
Ele acorda cedo para fazer o café e levar as filhas, Dora, 13, e Laura, 10, à escola. Na volta, lê os jornais de cabo a rabo. Cozinha melhor que a mulher, segundo ela. Para completar, lava a louça.
Não é sedentário: caminha célere, pelo menos uma hora por dia, no Ibirapuera. Também gosta de nadar. Deve ser por isso que, aos 60 anos, não tem barriga: continua o mesmo pirulão que cresceu no Butantã. Ou, na cruel autodefinição que deu num de seus contos, “cinquentão, cabelo curto grisalho, um George Clooney depois de uma varíola complicada, pneumonia dupla e dipsomania terminal. Mas não era feio, se é que alguém me entende”.
Por isso, convém alertar o leitor que a aparência pacata do sujeito no elevador pode esconder um pornógrafo -talvez o mais desbragado da cidade, autor de “Pornopopéia” (ed. Objetiva), o romance de 2009 que recolocou Reinaldo Moraes com os dois pés na melhor literatura feita no país.
O acento no título, que com o novo acordo ortográfico deveria ter caído, foi mantido a pedido do autor, para preservar um trocadilho: “Não bastasse a minha veia boêmia, ainda fui arranjar uma véia boêmia”. A gracinha tem data de validade: 2013, quando a nova ortografia passará a ser obrigatória. Mas não o livro: pouco a pouco, à medida que os leitores foram vencendo as 480 páginas, “Pornopopéia” virou assunto e se impôs como uma das verdadeiras novidades literárias no país.
A melhor síntese da trama foi dada pelo autor aos amigos que queriam saber o que ele tanto batucava no computador ao longo daqueles cinco anos: “É a história de um cara que, em um dia, faz todas as merdas que eu fiz na vida”.
Um dia não bastou, e a trama principal de “Pornopopéia” acaba levando dois.
CRÍTICA Feito de pura galhofa, “Pornopopéia” é uma suma da cultura boêmia e literária do autor, como se um beatnik tivesse molhado a pena no tinteiro de Émile Zola. Por isso, caiu nas graças da crítica, coisa rara entre os ficcionistas contemporâneos.
O crítico Roberto Schwarz comprou vários exemplares do romance -finalista dos dois maiores prêmios literários do país, o São Paulo e o Portugal Telecom- para dar de presente aos amigos.
“O que me impressiona no ‘Pornopopéia’ é a combinação de registro chulo com escrita elaborada e inventiva, resultando uma peça inteiramente nova na literatura brasileira”, explica Schwarz. “Um dos pontos mais ambiciosos do livro é fazer alta ficção sobre embutidos de frango, o que, de maneira oblíqua, manifesta uma forte insatisfação social. É claro que Reinaldo Moraes, sendo um autor culto, sabe muito bem se aproveitar da tradição, principalmente se pensarmos em autores como Manuel Antônio de Almeida e Machado de Assis. Mas o melhor é que sua obra aponta para o novo.”
Responsável pela programação da Flip deste ano -que teve Reinaldo como autor convidado-, o crítico Flávio Moura considera o romance um dos melhores surgidos nos últimos anos no cenário brasileiro: “‘Pornopopéia’ possui um refinamento e um artesanato literário que está muito além do ego desgovernado, e muitas vezes desleixado, de autores associados ao universo underground”.
A crítica literária Leyla Perrone-Moisés também se empolgou, quase a contragosto: “Antes de começar o romance, eu achava que não ia gostar. Mas não consegui parar de ler. Lembrando as memórias de Casanova, a intriga é muito bem construída e os personagens, não só o narrador como também os secundários, possuem um contagiante senso de humor”.
“Pornopopéia” arrancou elogios até de Alcir Pécora, crítico conhecido por demolir escritores contemporâneos nas resenhas que publica na Ilustrada. Pécora elogiou seu “domínio perfeito do idioma” e sua “veia cômica” -não “véia”, bem entendido.
O que o autor acha dos aplausos? “Eu esperava um silêncio tingido de porradas. Vieram muitas palmas e algumas aclamações enfáticas. Ou o livro é bom mesmo ou as pessoas andam lendo coisas muito chatas ultimamente.”
ESCREVEÇÃO Depois de “Abacaxi” (L&PM), romance de 1985, foram 17 anos sem voltar a publicar ficção. Mas quando o fluxo de escreveção diária foi retomado, veio a galope: em 2002, começou a publicar em revistas literárias alguns contos que satirizam a classe média paulistana, reunidos na coletânea “Umidade” (Cia. das Letras, 2005); depois veio “A Órbita dos Caracóis” (Cia. das Letras, 2003), novela “infanto-senil” em torno de satélites e escargots.
No meio-tempo, uma encomenda: “Estrangeiros em Casa”, reportagem literária praticamente ignorada, que saiu em edição especial da revista “National Geographic”, feita com o fotógrafo Roberto Linsker, por ocasião dos 450 anos de São Paulo. Os dois percorreram a cidade a pé, de sul (o bairro de Marsilac) a norte (Cantareira), registrando e comentando com graça o que viam pelo caminho.
Outros projetos nasceram e morreram, como a peça teatral em que o único ator dialoga com um poço que apenas emite sonoros flatos em resposta. A obra foi submetida ao crivo dos amigos. “Todo mundo abominou”, diz ele, e a peça voltou à obscuridade.
No momento, ele trabalha numa novela prevista para ficar com 200 páginas, encomenda da editora Objetiva. Com o título provisório “A Travessia de Suez”, é a história de um poderoso bicheiro que, ao morrer e chegar ao céu, descobre que foi uma encarnação de Deus. “É uma breve e descompromissada disquisição sobre a vontade de poder do ser humano que quase sempre acaba em barranco, bate na trave, dá com os burros n’água”, esclarece o autor.
Também está a caminho um romance ambientado na Cidade do México, para o projeto Amores Expressos, que levou alguns escritores brasileiros a capitais internacionais para criar histórias de amor. Até o fechamento desta edição, o arquivo de Word contava 373.621 toques com espaços, metade do que o livro deverá ter, calcula o escriba.
ESCRITÓRIOS Reinaldo trabalha em dois escritórios. Um deles abriga livros de Manuel Antônio de Almeida, Machado de Assis e Oswald de Andrade, sua santíssima trindade; “Jacques, Le Fataliste”, de Denis Diderot; os romances “Pornografia” e “Ferdydurke”, ambos do polaco-argentino Witold Gombrowicz; o descoladíssimo “Benn Down So Long It Looks Like Up To Me”, de Richard Fariña.
O outro fica dentro do boxe do banheiro da suíte do casal. Com o chuveiro desativado, o escritor houve por bem instalar ali uma mesinha minúscula, com dois ou três dicionários e um computador, sob a permanente ameaça do cano do chuveiro, precariamente vedado com trapos. A extravagância, que a mulher, a editora Marta Garcia, define como “cena” armada para divertir as visitas, se deve ao barulho de uma construção no terreno ao lado.
O próprio autor confessa que escreve pouco naquele cafofo revestido com azulejos rosa-bebê dos anos 70: prefere o escritório tradicional, mesmo com a obra ao lado. Trabalha, porém, com tapa-ouvidos de silicone e um potente protetor auricular, desses usados por operários ou funcionários de aeroportos. Marcel Proust não imaginaria um modo tão perfeito de se isolar do mundo para escrever.
Ok, mas “A Travessia de Suez” vai ficar nas 200 páginas? “Pornopopéia”, que Marta só leu depois de pronto, levou cinco anos sendo matutado, escrito e reescrito. Os amigos ficaram boquiabertos quando o texto atingiu a marca de 1 milhão de caracteres, ou seja, 67 vezes esta reportagem.
Trata-se da famosa tendência de Reinaldo ao excesso. “Sempre digo a ele que até cinco adjetivos para um substantivo tudo bem, mas sete, de jeito nenhum”, brinca a editora e tradutora Heloisa Jahn, que trabalhou com ele na edição de “A Órbita dos Caracóis” e “Umidade”.
CATATAU Mesmo “enxuto”, “Pornopopéia” resultou num catatau. “Fechamos negócio e fizemos um acordo: cortar pelo menos 300 páginas. Foi difícil. Mas foi bom. Reinaldo me exasperou por alguns meses, indo e voltando nas mudanças que acertávamos, discordando, regateando. Cheguei a pensar que não chegaríamos ao ponto final”, diz Isa Pessoa, diretora editorial da Objetiva.
Lançado em 2009, o romance caiu como uma bomba de efeito imoral. “Culto e grosso”, na definição da atriz Eliana Fonseca.
De cara, na primeira linha, uma exortação: “Vai, senta o rabo sujo nessa porra de cadeira giratória emperrada e trabalha, trabalha, fiadaputa”. Ainda na primeira página, o narrador explica a natureza do bloqueio criativo que o domina: “Porra, mas eu sou cineasta, caralho. Artista. Não nasci pra rodar vídeo institucional. E de embutidos de frango, inda por cima, caceta!”.
Segue-se uma logorreia interminável, porém deliciosa -só a cena da suruba, ou “surubrâmane”, como quer o narrador, avança em tempo real por 80 páginas-, com direito a digressões de fazer Sterne enfiar a cabeça debaixo do lençol. Uma história escrita na melhor tradição picaresca à brasileira. Quem conta é o ex-cineasta marginal e dependente químico José Carlos Ribeiro, mas pode chamar de Zeca que ele não liga.
Só não vale confundir autor e narrador. Em entrevista a Jô Soares, esclareceu a diferença entre autor e o herói: “Ele tem os olhos azuis, os meus são castanhos”.
EXAGERADO Quem conhece bem a peça -como Maria Emília Bender, diretora editorial da Companhia das Letras, que dividiu, nos anos 70, um apartamento com Reinaldo e um amigo- sabe que ele sempre teve alma de escriba exagerado.
A dureza era estudar administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas, onde acabou se formando. Em 1976, entrou na recém-criada Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap). “Ele morava tão perto do trabalho que às vezes mandavam um boy acordá-lo no meio da manhã, porque corria o risco de não aparecer”, recorda Maria Emília.
A literatura era seu negócio desde os tempos em que, como perfeito coroinha, surrupiava vinho na capela do Jockey Club, no Butantã. “Aprendi a falar ’sursum corda’ [corações ao alto], ‘introibo ad altare Dei’ [entrarei ao altar de Deus] e a melhor frase de todo o missal: ‘ite missa est’”, a frase que sinaliza o fim da missa.
“Acompanhava o padre na hora de servir a hóstia aos comungantes, colocando a patena [bandejinha] debaixo do queixo do freguês, para impedir que um pedaço do corpo de Cristo viesse, por descuido, a cair no chão impuro dos homens”, lembra Reinaldo, que também serviu na igreja do Calvário, em Pinheiros.
“Um belo dia, o Rei me mostrou um conto. Uma história engajada e naturalista. Uma miséria, literalmente. Não tive pena: disse que ele tinha de partir para outra”, conta Maria Emília.
BOEMIA DESBRAGADA A outra era Paris. O encontro de Reinaldo Moraes com a cidade, em 1979, foi decisivo. Sua vida de bolsista “vagal”, que matava as aulas de economia na faculdade para cair na boemia desbragada, lhe daria o substrato para o romance que o lançou com estardalhaço, no começo dos anos 80: “Tanto Faz”. Foi para lá graças a um convênio com o governo francês: “Só aceitavam para a pós-graduação alunos do Terceiro Mundo. Super de esquerda, era uma escola para ensinar negão a carimbar. Mas carimbar da maneira correta”.
Nesse período em Paris, Reinaldo Moraes virou romancista. Escrito nas horas vagas, o livro acabou publicado em 1981, na coleção Cantadas Literárias, da editora Brasiliense, a mesma de “Feliz Ano Velho”, de Marcelo Rubens Paiva, e “Morangos Mofados”, de Caio Fernando Abreu.
O livro se tornou objeto de culto instantâneo desde a noite de autógrafos, realizada num fliperama da rua Augusta. Amigos do autor entram em cena, como a poeta carioca Ana Cristina Cesar, sempre sob codinomes. Em vez de assinar livros, Reinaldo levou para o lançamento um carimbo que imprimia a forma de um beijo.
O dramaturgo Mário Bortolotto foi um daqueles fãs de primeira hora. Mais tarde, levaria o livro ao palco. “Jamais imaginei que alguém pudesse escrever de maneira tão livre, tão descompromissada, tão pop e, caralho!, tão bem. Acho que seria o mesmo que descobrir Machado de Assis no tempo dele”, escreveu Bortolotto no posfácio à edição da Azougue, revista pelo autor, de 2003.
A primeira crítica na imprensa desceu a lenha de tal modo que muita gente confessou ter comprado o livro justamente por causa dela. A reação veio em seguida: um texto do poeta Cacaso levantando a bola, na revista “Veja”.
RISCO Mas o estrago já estava feito. Não faltou quem fosse soprar aos ouvidos do dono da Brasiliense, Caio Prado Jr., que o romance punha em risco a credibilidade artística e ideológica da coleção. “O Caio passou a achar a narrativa incoerente, aleatória e, pior, alienante”, diz Reinaldo. “Ele mesmo me disse isso uma vez, com toda a simpatia que o caracterizava.”
A editora acabaria fazendo apenas uma reimpressão de “Tanto Faz”, igualmente disputada e logo esgotada. A edição da Brasiliense está cotada num sebo virtual a R$ 120. A da Azougue, no mesmo site, vale R$ 100. Há somente um exemplar de cada à venda.
O culto à obra deverá crescer ainda mais quando a Companhia das Letras mandar para as livrarias, no início do ano, a edição conjunta de “Tanto Faz” e “Abacaxi”, o segundo romance de Reinaldo. Ambos foram revistos linha a linha para limar os “excessos” da juventude, diz o autor.
“Tanto Faz” foi responsável por selar fortes amizades. “O que me chamou a atenção foi a descrição de um x-salada, um dos pilares da cultura paulistana moderna. Ninguém antes havia feito ficção daquela maneira”, diz o jornalista americano radicado em São Paulo Matthew Shirts.
Durante os anos 80 e 90, Mario Prata, Matthew Shirts e Reinaldo Moraes formaram um “trio parada dura” da boemia paulistana. “Se eu não me mudasse para Floripa há nove anos, um ou dois de nós já estariam mortos. Ou os três. Era uma química etílica barra pesada”, reconhece Prata.
CULPA Dois leitores muito especiais, porém, desgostaram de “Tanto Faz”. “Os velhos ficaram magoados com uma passagem em que o narrador alimenta a fantasia típica de filho único de não ter pai nem mãe, de ter surgido por geração espontânea, sem ter que prestar contas a ninguém”, diz o autor.
“Também não engoliram a desenvoltura com que o filhinho único deles tratava de sexo e drogas. Coincidência ou não, meu pai caiu doente de câncer no cérebro depois de ler o livro. Morreu um ano e meio depois, consumido até o osso pela doença, deixando-me consumido até a alma pela culpa. Posso dizer que matei a família e fui parar nos sebos do país”, diz.
A psicanalista Maria Rita Kehl -com quem Reinaldo foi casado entre 1983 e 1991 e teve a filha Ana, de 24 anos- recorda-se bem dessa época: “Eu sozinha em casa e o Reinaldo… onde estava? Brincando de Kerouac ou Bukowski na Mercearia São Pedro. Brigávamos muito por causa disso, e eu não tinha nenhum jogo de cintura para lidar com ele.” Mas lembra: “Reinaldo era bem molecão, fazia de tudo para a gente se divertir até debaixo de chuva, com lama e casa desconfortável. Ele sempre foi, ainda é, muito afetuoso”.
O escritor Ruy Castro, embora não tenha sido casado com Reinaldo, também implica com esse lado farrista: “Esse complexo de Bukowski já estragou e ainda vai estragar várias gerações. Por que tantas pessoas veem esse farsante como modelo? O Reinaldo é dez vezes melhor do que o Bukowski. Mas, claro, ele não pode acreditar…”.
Mesmo Ruy Castro se surpreende com o comportamento do amigo: “Fico sabendo de coisas altamente desabonadoras para quem pretende se passar por boêmio full time: o pai extremado levando as filhas para comer pizza na esquina; preparando Toddy para elas no fim da noite; indo passar uma semana em Araxá com a família. Enfim, o marido perfeito, o pai integral, certamente o bom filho também”.
Entre os passeios que volta e meia faz com a família estão, por exemplo, excursões ao parque aquático Wet’n Wild (por ele carinhosamente chamado de “Loucas e Molhadas”).
O pai de família, no entanto, não deixa de protagonizar cenas cômicas, como o banho que tomou no laboratório de química da escola das filhas, durante uma reunião de pais. Macambúzio, ele ficou na retaguarda do grupo de pais que ouviam a preleção da diretoria sobre as novas instalações.
Acabou cedendo à curiosidade e puxou uma manopla que pendia do teto do laboratório -e, para deleite dos circunstantes, tomou na cabeça uma carga de centenas de litros de água, destinada a lavar rapidamente qualquer substância tóxica em caso de acidente.
HOMEM-FRILA O segundo livro, “Abacaxi” -que não honra o título- revelou-se um solene fracasso, não de crítica, mas de vendas. Reinaldo abriu uma cerveja e se perguntou: “Fazer o quê?”. Começava aí o período de 17 anos sem publicar. Mas não sem escrever.
Reinaldo se transformou num homem-frila. Fez todo tipo de freelance literário que se possa imaginar: roteirista de novela (trabalhou em “Helena”, adaptação de Mario Prata do livro de Machado de Assis para a TV Manchete; “O Campeão”, da Band, também como colaborador de Prata; “Bang Bang”, da Globo, na equipe de seis colaboradores); de cinema (criou e escreveu a primeira versão do roteiro de “Tainá – Uma Aventura na Amazônia”); de sitcom (em parceria com Eliana Fonseca em “Ô, Coitado”, com Gorete Milagres); tradução e adaptação para teatro (”O Bebê Furioso”, “O Legítimo Inspetor Perdigueiro”, “Os Monólogos da Marijuana”); traduções de Bukowski (”Mulheres”), Burroughs (”Junky”), Cocteau (”Ópio”), Pynchon (”Vineland”, com Matthew Shirts); orelhas de livro (assinadas ou não) a mancheias.
É também o autor da lendária foto da capa do LP “Todos os Olhos”, de Tom Zé, peripécia que narrou na seção “Arquivo Aberto” da Ilustríssima (leia em folha.com/ilustrissima).
Fez, também, alguns vídeos institucionais -mas destes ele não gosta nem de lembrar.
“O que me impressiona no ‘Pornopopéia’ é a combinação de registro chulo com escrita elaborada e inventiva, resultando uma peça inteiramente nova na literatura brasileira” – Roberto Schwarz
A literatura era seu negócio desde os tempos em que, como perfeito coroinha, surrupiava vinho na capela do Jockey Club, no Butantã
A primeira crítica a “Tanto Faz” na imprensa desceu a lenha de tal modo que muita gente confessou ter comprado o livro justamente por causa dela
“Esse complexo de Bukowski já estragou várias gerações. Por que tantas pessoas veem esse farsante como modelo? O Reinaldo é dez vezes melhor” – Ruy Castro
Nenhum comentário:
Postar um comentário