A Polícia Civil investigava um crime de pedofilia. O investigado, nada mais nada menos, que o poderoso presidente do PR de SC, ex-deputado Nelson Goetten.
Buscando provas de um crime sexual, em escutas autorizadas pela Justiça, a polícia acabou descobrindo as ligações perigosas entre a então Ministra da Pesca e o ex-deputado suspeito de estupro, abuso sexual, orgias e outras coisinhas mais.
Nitroglecerina pura. Na origem da história dos telefonemas, não apenas a disputa por cargos no DNIT, mas a disputa de poder entre a então Ministra da Pesca e o número dois do Ministério das Relações Institucionais, o ex-deputado Claudio Vignatti.
Na eleição de 2010, Ideli foi candidata ao Governo, enquanto Vignatti disputou o Senado pelo PT. Durante a campanha, a relação entre os companheiros da chapa puro-sangue azedou e virou rompimento. Quando assumiu o Ministério das Relações Institucionais, Ideli tratou de, rapidinho rapidinho, defenestrar o companheiro e rival nas lutas internas do PT catarinense.
No centro das gravações o esforço da Ministra e do ex-deputado em assegurar a permanência do Diretor DNIT, cota do PR e acusado de diversas irregularidades. Na outra ponta, procurando desestabilizar o protegido da Ministra, o companheiro Vignatti.
Por isso, a pergunta inicial: será ideli a bola da vez?
Mas,, toda essa história só para registrar a ironia das ironias: enquanto o Senador Magno Malta promovia no país inteiro o seu festival do "todos contra a pedofilia", esqueceu de cuidar do próprio terreiro. Enquanto promovia o seu circo com os padres de Arapiraca, o presidente do PR de SC abusava sexualmente de uma menina de 14 anos, promovia orgias com adolescentes e mantinha sob contrato aliciadores. Hoje, preso, o ex-presidente do PR responde a processo. Do Senador Magno Malta nenhuma palavra sobre essa história infame.
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