(1)
Em Vitória, o mundo político e os meios de comunicação revolvem-se em torno do fim do drama Sheakspeariano que rondava o destino do ex-governador Paulo Hartung. Entre "to be" e "not to be", ele decidiu: "not to be".
Sao sinais de outros tempos. Abatido pela supremacia de novas circunstâncias históricas, alvejado pelas tintas fortes da caneta do presidente do Tribunal de Justiça do estado do Espírito Santo, e enfrentado pela coragem de lideranças políticas como as de Iriny Lopes (PT), Rose de Freitas (PMDB) e, até, o seu aliado histórico Luiz Paulo Vellozo Lucas, Paulo Hartung resolveu não entrar na disputa pela prefeitura de Vitória. Assim como em 2010, quando resolveu não disputar as eleições de 2010 para o Senado da República, no meio das denúncias internacionais sobre o problema das chamadas "masmorras capixabas", em alusão aos problemas de direitos humanos nos presídios do Espírito Santo, agora também, em 2012, o ex-governador parece optar pela defesa da sua biografia.
Sinais de outros tempos. Fim da Era Paulo Hartung. Fim da chamada geopolítica. Emerge o contraditório. Florescem novas lideranças. Ressurgem velhas lideranças. Novo jogo político. Não só em Vitória. "Here, there and everywhere", como na bela canção dos Beatles. E, também, novo jogo eleitoral. No caso de Vitória, jogo com cara de segundo turno.
(2)
No Espírito Santo, os sinais de novos tempos parecem vir da possibilidade de busca do ideal de Montesquieu da independência dos Poderes. O Poder Judiciário já dá mostras de exercício independente das suas prerrogativas e obrigações constitucionais, a julgar pelos atos e atitudes assertivas do Tribunal de Justiça, através do seu novo presidente, desembargador Feu Rosa. O Poder Legislativo também ensaia passos de independência, a julgar pela movimentação do seu novo presidente, deputado estadual Theodorico Ferraço. Ao mesmo tempo, o Poder Executivo estadual assume, através do governador Renato Casagrande, perfil mais democrático e menos imperial.
Sinais de outros tempo. Mas esta possível e (um pouco) inédita independência dos três poderes institucionais regionais parece não estar sendo bem compreendida e, até, não bem aceita em parcelas dos meios de comunicação e da opinião publicada regional. Ora ela (a possível independência) é vista como "fragilidade política" do governador Casagrande, ora é vista como "ambição política" do presidente Feu Rosa e, ora ainda, é vista como "arroubos" do presidente Theodorico Ferraço.
Só o próprio tempo dirá, aqui neste caso, se realmente os sinais de novos tempos se transformarão em marcas de novos tempos de prática dos ideais de Montesquieu no Espírito Santo. Mas só de haver sinais, já é uma novidade histórica. Pará além de velhos arroubos oligárquicos que já se vislumbram "destronados" com a possibilidade da independência (mesmo que tênue e relativa) e, também, para além de leituras equivocadas da mídia local.
Quem sabe estejamos vivendo no Espírito Santo mais um exemplo histórico da pertinência do aforismo Gramsciano: "entre o novo que está nascendo e o velho que não quer morrer" (citação livre).
Sao sinais de outros tempos. Abatido pela supremacia de novas circunstâncias históricas, alvejado pelas tintas fortes da caneta do presidente do Tribunal de Justiça do estado do Espírito Santo, e enfrentado pela coragem de lideranças políticas como as de Iriny Lopes (PT), Rose de Freitas (PMDB) e, até, o seu aliado histórico Luiz Paulo Vellozo Lucas, Paulo Hartung resolveu não entrar na disputa pela prefeitura de Vitória. Assim como em 2010, quando resolveu não disputar as eleições de 2010 para o Senado da República, no meio das denúncias internacionais sobre o problema das chamadas "masmorras capixabas", em alusão aos problemas de direitos humanos nos presídios do Espírito Santo, agora também, em 2012, o ex-governador parece optar pela defesa da sua biografia.
Sinais de outros tempos. Fim da Era Paulo Hartung. Fim da chamada geopolítica. Emerge o contraditório. Florescem novas lideranças. Ressurgem velhas lideranças. Novo jogo político. Não só em Vitória. "Here, there and everywhere", como na bela canção dos Beatles. E, também, novo jogo eleitoral. No caso de Vitória, jogo com cara de segundo turno.
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No Espírito Santo, os sinais de novos tempos parecem vir da possibilidade de busca do ideal de Montesquieu da independência dos Poderes. O Poder Judiciário já dá mostras de exercício independente das suas prerrogativas e obrigações constitucionais, a julgar pelos atos e atitudes assertivas do Tribunal de Justiça, através do seu novo presidente, desembargador Feu Rosa. O Poder Legislativo também ensaia passos de independência, a julgar pela movimentação do seu novo presidente, deputado estadual Theodorico Ferraço. Ao mesmo tempo, o Poder Executivo estadual assume, através do governador Renato Casagrande, perfil mais democrático e menos imperial.
Sinais de outros tempo. Mas esta possível e (um pouco) inédita independência dos três poderes institucionais regionais parece não estar sendo bem compreendida e, até, não bem aceita em parcelas dos meios de comunicação e da opinião publicada regional. Ora ela (a possível independência) é vista como "fragilidade política" do governador Casagrande, ora é vista como "ambição política" do presidente Feu Rosa e, ora ainda, é vista como "arroubos" do presidente Theodorico Ferraço.
Só o próprio tempo dirá, aqui neste caso, se realmente os sinais de novos tempos se transformarão em marcas de novos tempos de prática dos ideais de Montesquieu no Espírito Santo. Mas só de haver sinais, já é uma novidade histórica. Pará além de velhos arroubos oligárquicos que já se vislumbram "destronados" com a possibilidade da independência (mesmo que tênue e relativa) e, também, para além de leituras equivocadas da mídia local.
Quem sabe estejamos vivendo no Espírito Santo mais um exemplo histórico da pertinência do aforismo Gramsciano: "entre o novo que está nascendo e o velho que não quer morrer" (citação livre).
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Fonte: Século Diário
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