quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Manifesto político (II) / Rede EcoBrasil (A nova política ...)


A Nova Política – reinvenção e urgência

Viemos à público apresentar uma proposta de ação que é também uma escolha: 
contribuir com o impulso grandioso de mudanças políticas, culturais, sociais, éticas e 
humanas que está em ebulição na sociedade brasileira. 
Acreditamos que as redes, como forma de agregação e organização, são uma invenção 
do presente que faz a ponte para um futuro melhor. A concepção de rede baseia-se 
numa operação democrática e igualitária, que procura convergências na diversidade. 
É um instrumento contra o poder das hierarquias que capturam as instituições 
democráticas e, ironicamente, fazem delas seu instrumento de dominação. Pois é em 
rede com a sociedade que queremos construir uma nova força política, com alianças 
alicerçadas por uma Ética da Urgência, tendo como horizonte a construção de um novo 
modelo de desenvolvimento: sustentável, inclusivo, igualitário e diverso.

Felizmente, conforme se constata na eclosão de movimentos de protesto mundo a 
fora e Brasil a dentro, um número cada vez maior de pessoas vai à luta, de múltiplas 
maneiras, para aumentar sua participação direta nas decisões públicas e mudar o 
caráter e alcance da ação política para sintonizá-la com as demandas nacionais e com 
os desafios das crises globais que clamam por respostas urgentes. 
Somos  parte desse amplo movimento que almeja por mudanças e, com essa 
motivação, nos organizamos na forma de um partido novo que tem, como seu maior 
desafio, ser um espaço de inovação no sistema político brasileiro, de mobilização para 
alimentar uma nova cultura política que ajude a superar as formas estagnadas de 
realização do fazer político, onde hoje prevalece a destruição ou assimilação em lugar 
da troca. Não queremos ser mais um participante do assalto ao Estado, mas um abrigo 
para forças de dentro e de fora do sistema partidário, na luta para colocá-lo e à política 
a serviço do bem comum. 
O que virá dependerá do que formos capazes de criar e produzir, de inventar e 
distribuir, a partir deste encontro de sonhos e épocas, de gerações e destinos.  Não 
temos respostas prontas, mas temos certeza de que este é o caminho que queremos 
percorrer para construir respostas às indagações do presente e do futuro.
O Brasil precisa começar a pensar-se como um dos líderes do futuro, num mundo 
onde sobra irresponsabilidade e falta coragem para enfrentar tanto a crise provocada 
pela desastrosa ideologia vigente de governança global da economia, quanto aquela 
expressa pela gravidade dos fenômenos climáticos extremos, do consumo excessivo 
e desigual da água, solos e biodiversidade, que coloca em risco a nossa própria 
existência no planeta. 
Não é mais a hora de procurar  um protagonismo equivocado, que almeja ascender 
ao modelo “primeiro mundo”, mas, sim, de nos envolvermos com determinação, 
competência e garra na construção de um mundo diferente e melhor, fundado 
em valores como a fraternidade e generosidade ética, em formas de saber e atitudes 
de viver elaboradas individual  e coletivamente. Temos o grande auxílio das novas 
tecnologias de informação e comunicação; precisamos usá-las intensivamente em 
favor de idéias e da aglutinação de uma força política transformadora, criativa, 
empreendedora e radicalmente democrática.  
Propomos aos cidadãos e cidadãs de todos os segmentos e de todas as idades que 
se unam para valorizar nosso sistema político, recriando-o e sintonizando-o com um 
projeto de desenvolvimento no qual ecologia, economia, justiça social, ética, gestão do 
Estado e prática política sejam compatíveis. Almejamos o fortalecimento da sociedade 
civil e da cidadania ativa, verdadeira fonte de governabilidade e de direcionamento da 
ação do Estado.
Não faltará quem diga que tudo é apenas sonho. Para nós, sonho é apenas aquilo que 
ainda não está realizado, é o teto sob o qual se reunirão aqueles que querem fazer 
valer a sua vida, que acreditam na força coletiva, que não aceitam interdições à sua 
liberdade e ao seu direito de aspirar a um futuro melhor. Temos o desafio de instigar 
novos processos, unir as forças, a indignação e a criatividade dispersas. Apostamos na  
lógica colaborativa e fraterna. Não podemos mais tolerar a verticalização das decisões 
e ganhos, enquanto as perdas são cotidianamente horizontalizadas. 
Queremos ser instrumento de sonhadores, pois não há outra maneira de ir adiante 
quando tudo parece difícil e até mesmo intransponível!

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