Há um ano, quase véspera de eleição, o então ministro Mantega perguntava: Crise? Que crise?
E coube então ao senador Cristovam Buarque retrucar, provavelmente, sem grande audiência:
"Eu respondo aqui. A crise está na pergunta.
Quando o ministro da fazenda, diante dos indicadores que estão aí estão, pergunta que crise, essa é a maior das crises, porque é a crise de que ele não está vendo a crise.
Quando a gente não vê uma crise, não enfrenta. E quando a gente não enfrenta, não resolve".
Pois é, há apenas um ano.
E agora, como maquiagem contábil, pedaladas fiscais e marketing quase fascista de João Santana não dão conta de negar a realidade por todo o tempo, e a enganar a todos por tanto tempo, a crise escancarou, rompeu barreiras e barragens e levou ao nosso atual "mar de lama" da economia e ao histórico um dígito de aprovação de Dilma, e a perspectiva de volta do trágico e dramático dois dígitos na inflação brasileira. Será que voltaremos a estocar alimentos? As contas correntes de remuneração diárias? A fazer poupança comprando dólares? A ver os pobres terem de dez a doze dias da sua remuneração mensal engolidos pelo dragão da inflação? A volta dos gatilhos salariais? A indexação dos preços?
Muitos não conheceram essa realidade pré- Plano Real, eu a conheci e não quero mais passar por isso!
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